Hoje, sexta-feira, o Evangelho nos apresenta os motivos da condenação do Senhor.
Os adversários de Jesus muitas vezes queriam ou tentaram apedrejá-Lo porque entendiam que Jesus afirmava ter uma relação única com Deus.
De fato, em sua entrevista com Nicodemos, que veio vê-lo à noite, ele primeiro fala de si mesmo como o único Filho de Deus. Então não é só uma relação especial, mas também uma única. Ele não só tem uma missão, como dirá que foi consagrado por Deus (10,36) para esta missão, mas também conhece o Pai, conhece seu propósito e conhece seu amor. Esse conhecimento muitas vezes retornará e implica uma proximidade única entre ele e o Pai. Suas obras são as do Pai. Ele repete: Eu não faço nada de mim mesmo (8,28). Suas ações são sinais da presença de Deus nele. Ele compartilha o modo divino de existência.
Em poucas palavras Jesus diz ser Deus.
Por isso os judeus o têm por blasfemo e réu de lapidação.
No fundo, morrerá por dizer a verdade sobre si mesmo, por ser fiel a si mesmo, à sua identidade e à sua missão. Como profeta, apresentará um chamado à conversão e será rejeitado, um novo rosto de Deus e será esculpido, uma nova fraternidade e será abandonado.
No entanto, Jesus se esquiva e deixa o templo e fugirá ao outro lado do Jordão. Ele deve se afastar de Jerusalém e da Judeia: ele vai para a Transjordânia, onde João Batista pregou e batizou e quem realmente acredita Nele o buscará ali dispostos a segui-lo e a escutá-lo.
É um sinal do que os cristãos terão que fazer quando as autoridades judaica recusarão sua mensagem.
Deus abençoe você!
Pe. Richard Gerard, CS
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